domingo, 31 de janeiro de 2010

Mania


Mania que eu tinha de versar
Inventei de fazer prosa
E a rima achou de escassear

Mania que eu tinha de poetizar
Inventei de ceder à rotina
E vi  o verso pouco a pouco cessar

Mania que eu tinha de todo dia escrever
As obrigações foram se amontoando
E vi a inspiração arrefecer

Mania que eu tinha de buscar perfeição
Hoje me deparo com versos de araque
Que me deixam em lamentação

Mania  de tanto me cobrar
Se deixasse tudo fluir
Acho que era mais fácil “desencantar”

Mania de pressa  e ligeireza
Que a inspiração volte logo
Pra acabar com essa tristeza