quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Leve com você só que foi bom


“Leve com você só o que foi bom”

Tantos e tantos anos...

Tantos e tantos eventos...

Alguns bons, outros bem ruins, como na vida de qualquer pessoa normal.

E eu insisto na tal leveza...

- E vale a pena? - pergunta um sujeito matreiro, talvez meu inconsciente lírico.

-Vale- eu devolvo.

- Mas, essa coisa de querer ser leve, não te deixa meio retardada, bobona?

- Acho que não cara. Essa coisa de ser durona, danadona, melhora algo?

- Talvez não, mas pelo menos não pagamos de trouxa.

- Ah, então o problema é achar que as pessoas possam se aproveitar da sua pureza/ inocência e abusarem de você.

- Por aí...

-Se você se impuser com firmeza e respeito, isso não acontece.

- E como eu faço?

- Não banque o tolo, inconsciente lírico, você aprendeu na marra. Comigo!

Ser leve ou buscar a leveza é um exercício diário, nem sempre alcançável. 

Às vezes, e muitas vezes, eventos ordinários e extraordinários te farão explodir. 

A Tpm, a quantidade monstra de trabalho, o tempo curto, o trânsito insano...

O importante é separar: não ser hostil como quem não merece, esfriar a cuca quando puder, ir ver o mar, abrir uma cerveja, ouvir um som e se arrepiar, fazer um carinho, receber um carinho, sorrir, fazer sorrir, apreciar os momentos que parecem bobinhos... mas que são fundamentais, aqueles que fazem tudo ter sentido.

É fácil/ difícil ser leve. Uma eterna contradição... Mas continua valendo a pena.

“Leve com você só que foi bom”

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A gente

Deixa assim, do jeito que tá
não é o melhor jeito que tem
Mas há de melhor ficar

Não quero te perder
nem quero teorizar
Vou por panos quentes
só quero te amar

Não vou te cobrar
tá bom do jeito que tá
Nem vem me cobrar
tá bom, melhor vai ficar

A gente se entende
dá liga
Não vem me estressar
sem briga

A gente colou
é brisa
Vai dar tudo certo
duvida?

Eu não!


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Das coisas que eu sei.

Deixa de drama
Eu sei a verdade
Vem do meu lado
Larga a vaidade

Olha no olho
Que eu sei teu desejo
Mão na minha mão
Eu quero teu cheiro

Não disfarça
Vem que eu perdoo
Cola em mim
Eu não te magoo

Sem cara de sonso
Vem que eu te quero
Sem cara de tonto
Vem que eu espero

Mas não demora
Que eu tenho pressa
Chega na hora
Vem cá, vamo nessa!


domingo, 25 de março de 2012

Nos braços de Morfeu...

Morfeu me chama para deitar na cama
O colchão se inflama
E a gente se ama...

____________________________________________

-Lore, vem dormir Lore.

-Ahn, que?

- Sou eu Lore,  Morfeu

-Que?

- Ah Lore, sem essa, me conheces bem. Sou o Deus de um dos maiores prazeres que existe...

- Do sexo? Nem vem não,  tô exausta...

- Não engraçadinha, sou Morfeu, o deus dos sonhos. Vem cá me dá um abraço, vem pra cama, onde toda noite a gente se ama.

- Ih, primeiro foi o eu-lírico, agora o Morfeu, que diacho que me deu?

-Sono, somente, não sente? Vem comigo descansar o corpo e a mente

- Ih Morfeu, sai fora, há tanto a fazer, tenho de estudar, trabalhar, não tenho tempo a perder.

- Deixa de ser cabeça dura. Dormir não é frescura, é regozijo e recomposição, pro corpo ficar inteirinho e a alma cheia de disposição.

- Pô Morfeu, tu rima direitinho, faz um dueto comigo.

- Já to fazendo Lore...

-Ah é verdade. Morfeu, vem cá, que você acha das coisas que eu fico pensando antes de dormir?

- Acho bem legais Lore, algumas bem criativas até, você devia escrever mais sobre elas. Mas há um porém...

- Qual ué?

- Você pensa demais e dorme de menos.

- Ah Morfeu, não fode. Andei dormindo dez horas por dia. Quer que eu hiberne é?

- Só passou a dormir dez horas , porque antes dormia quatro. O corpo explodiu, dai já viu. O nome é equilíbrio Lore, equilíbrio.  Lembra do eu-lírico?  Um cara esperto que dizia que você devia concursar menos e se cuidar mais, se tivesse ouvido ele...

-...

- Ficou sem palavras né. Tá pensando o que?

-Em dormir, você me convenceu. E lá vou eu cair nos braços de Morfeu.

_________________________________________________

Porque não se pode ser forte o tempo inteiro...

domingo, 13 de novembro de 2011

Tu e eu


Teu olho brilha
E minha boca sorri
Teu olho entristece
Minhas lágrimas rolam por ti

Teu corpo vibra
E o meu  se inflama
Basta tua voz
Pra acender a nossa chama

Tuas mãos gesticulam
Meu peito estremece
É voce quem me lembra
Quando minha cabeça esquece

Teu cheiro exala
Minha perna tremula
Tua boca me afaga
E eu “fico na tua”

domingo, 2 de outubro de 2011

Um bom rap é uma forma de oração

Um bom rap é uma forma de oração
Pois dá força pros maluco
Dá firmeza e dá união

Um bom rap tem sabor de domingão
De tio e de tia, de pai, de avô, de irmão
Um bom rap tem cara de família
Um bom rap não deixa você sair da trilha

Um bom rap é pra estar com o namorado
Os dois colado, juntinho, deitado e enrolado
Um bom rap é pra você ficar esperto
Não esquecer das conta, nem do leite dos pivete


Um bom rap é pra dormir e acordar
Olha lá o despertador, levanta e vai trabalhar
Um bom rap é quase um calmante
Mas depende da dose, pode ser  também um acelerante

Um bom rap é música das boa
Pra ouvir com o parceiro e também pra ouvir com a patroa
Um bom rap não é só rima não
Tem que bater fundo , tem que tocar no coração

Faço rap porque sou poeta
E poeta que é poeta deixa as palavras sair
Liberta

Faço rap sem  nenhuma pretensão
E de rap em rap vou orando pela multidão.

Aprendiz de Leminski-parte 3

Numa manhã de domingo
Foi que eu descobri
Posso viver sem muitas coisas
 não posso viver sem ti.


Numa tarde de outubro foi que eu vi
Que passo os dias acordada
Esperando a noite
Pra contigo dormir.

domingo, 7 de agosto de 2011

De volta.

Eu volto
Depois de pausas, suspiros e silêncios.
Volto de cara limpa, peito aberto, cabeça erguida e a certeza de que valeu a pena

Peço perdão ao lápis, à caneta, ao papel, ao blog. Peço perdão pelo sumiço
É que estava vivendo, estava com sede de vida,  estava sem tempo para teorias, eu estava praticando.

E a prática foi das boas. Por inteiro, com intensidade e vigor. A prática foi verdadeira e pura, foi maciça.

Eu volto, já fiz tantas viagens, já dei tantas voltas. E eu sempre volto pra poesia, pro conto, é aqui onde eu me encontro.

É aqui onde eu choro as mágoas e comemoro as alegrias. É aqui onde eu grito e é aqui onde estão meus silêncios mais expressivos e necessários.

Sim, é possível me ler neste espaço. É possível me decifrar, me desvendar. Meus personagens e rimas são pedaços de mim.

E eu estou de volta de novo. Pra falar de amor e dor, pra rir e chorar, pra me emocionar.