domingo, 28 de junho de 2009

John Mayer no Brasil.



Sem palavras. Essa é uma postagem bem teenage, coisa de fã mesmo. Parabéns a todos que acreditaram no Brazilian Mayer day e twittaram sem parar. Yes, ele vem. Eu vou ouvir belief ao vivo, se deus quiser. Arrepio

domingo, 21 de junho de 2009

Amo




Amo
Tua barba roçando
Teu cheiro chegando
Teu riso estrondando

Amo
Teu jeito sereno
Teu corpo moreno
Teu estilo ameno

Amo
Teus olhos miúdos
Teu jeito confuso
Teus sonhos graúdos

Amo
Tua cabecinha de vento
Teu jeito sem lenço e documento
E tua pose de ciumento

Amo
Tua bermuda de surf
Tua musica reggae
Teu jeito de dizer
Leve, meu bem me leve

Amo
Tua existência
Tua doce paciência
Tua eterna aquiescência

Amo
Sem grandes explicações
Sem teorias ou dissertações
Amo-te apenas.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Carol.



Ela me ouviu desde antes de nascer. Não que tivesse outra opção, já que eu alugava os ouvidos da mãe dela e a pobrezinha não tinha muito que fazer lá dentro da barriga. Sabe de cada historia essa Carol. Cada lamentação e arrependimento, cada pequena vitoria e as grandes também.

No inicio eu achava ela bem feinha. Sabe como é, todo recém-nascido é igual. Cara de joelho e todo o mais.

Mas ela me ganhou e corre todo dia pra me abraçar quando desço do ônibus voltando do trabalho. Ela é generosa, eu acabo minha pipoca e ela me oferece a dela. Ela ri das caretas idiotas que eu faço exclusivamente pra ela rir mesmo.

Ela bagunça meu quarto, abre os armários e joga minha roupa no chão, joga minha roupa de cama no chão, destrói meus batons. Eu brigo com ela, ela chora, dá uma volta, vem, me abraça e me desmancha.

Ela dança danças estranhas comigo, roda até ficar tonta, bagunça o cabelo todo e até já gosta de rock e MPB.

Ela colore minhas noites. Faz a vida mais leve. Tem a barriguinha mais sexy do Brasil e sorriso mais sapeca. Ela é meu caso de amor preferido. Ela é a minha Carol.



domingo, 14 de junho de 2009

Regininha Soares: venturas e amarguras de uma jornalista faz-tudo: [ O microfone]





Há muitas coisas que me irritam no jornalismo. A falta de vida social provocada pelos famosos plantões noite adentro e fins de semana a fora. Os trabalhos vários que a gente tem que acumular. O dinheiro pouco a que a gente tem que se acostumar. Estas são grandes irritações, daquelas que você não pode fazer nada pra mudar, a menos que resolva mudar de profissão ou ir pro meio do mato ser hippie.

Também há as pequenas irritações, como falta de computador nas redações, o que nos leva a ficar pulando de galho em galho. A falta de veículos pra gente se locomover da redação para o lugar das mil e uma pautas que a gente tem de cobrir. Além destas do dia-a-dia tinha uma que sempre me irritava na época em que trabalhava na Tv. Era raro de acontecer, até porque tem que ter muita falta de senso pra se fazer um negocio desses, mas acredite, acontece.

Tá lá você no meio da rua, fazendo uma externa *, preparando-se pra ir ao ar. Você chama um fulano pra responder umas perguntas que entrarão no corpo da matéria. Coloca o microfone na frente do sujeito e ele pega no bicho. Sim, ele toma-o da sua mão na maior cara dura. E deixa você com cara de trouxa. É, acontece, você que treinou na faculdade, por horas a fio na aula te Tele pra segurar aquele troço na mão, com naturalidade, mas com firmeza. Uma, duas, três, quatro, milhões de passagens** você teve que fazer pra aprender a segurar a porra do microfone. Aí vem um filho da puta e mete a mão no teu microfone, como se fosse a casa da mãe Joana.

Você tenta tomar dele suavemente, mas ele continua lá, segurando impávido colosso o microfone. Como se isto fizesse dele alguém mais importante, como se o microfone fosse algo que tirasse ele da mesmice do dia-a-dia ou sei lá porque diabos este infeliz não solta o maldito microfone.

- Senhor, o senhor não pode segurar o microfone.

- Ah não?

- Não, isto tem que ficar com a demente aqui que estudou quatro anos na faculdade pra ser jornalista. Me dê o microfone por favor.

- Calma moça , não precisa ser tão grossa. Eu só tava ajudando. Parei pra responder.
Quantos passam e não param pra responder? Nem olham na sua cara.

Olha só, lição de moral no meio da rua, o calor de rachar, o cabelo esvoaçando e já já a hora de entrar no ar. Vontade de mandar o cara a merda. Mas nem tempo pra isso há. Tenho que ir atrás de um cristão que responda o diacho da matéria. Enquanto isso o infeliz tarado por microfone continua na minha frente. Passando a mão no cabelo, se arrumando, mas olha só.

- Ow moça, num tem aí uma maquiagenzinha pra passar nos rosto, minha pele é tão oleosa, não quero aparecer assim na tv.

E o pobre infeliz ainda não entendeu que não vai mais aparecer na tv. Santo Deus, eu mereço.

*Externa: reportagem feita fora do estúdio.
*Passagem: gravação feita pelo repórter no local do acontecimento, com informações, para ser usada no meio da matéria

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Bilhete




Amor, este é meu presente antecipado.Sei que você vai ler antes de amanhã, já que entras no meu blog de 5 em 5 minutos e vai dar uma olhadinha básica antes de ir dormir.

Quero te dizer que você foi a melhor coisa deste ano. Bendito seja o dezembro que não passou em branco e te trouxe pra mim. Bendita beira de praia que pôs teu olho na direção do meu.

Obrigado por ser esta pessoa simples, maluca, mandona, reggueira, praieira, festeira que você é. Obrigado por brigar comigo, por me dar conselhos. Obrigado até pelo chá de alho, espantou a febre que é uma beleza.

Obrigado por segurar minhas barras, meus choros, minhas carências, minhas crises e neuras. Obrigado por agüentar minha preguiça, minha vontade de morgar e dormir nos fins de semana.

Obrigado por abrir os meus horizontes, por me mostrar novas praias, por me apresentar novos sabores, por me fazer sentir novas sensações.

Obrigado por me fazer querer ser alguém melhor.

Obrigado, obrigado, obrigado.

Te amo, mas um defeito você tem e algo de ruim também trouxe: meus escritos ficaram tão xaropes . rsrs

=]

terça-feira, 9 de junho de 2009

Sensações de uma corrida na chuva.




Porque chove e eu corro?

Porque que não estou debaixo das cobertas comendo brigadeiro de panela?

Porque estou eu debaixo da chuva ouvindo os pingos bater cada vez mais fortes no chão e no rosto?

Quase uma surra, e eu a correr. Cada vez mais forte, um, dois, um, dois. E assim é bom que nem dá pra sentir sede, é só por a língua pra fora. Quem nunca fez isso? Gostinho de chuva na boca.

Calor não há, a respiração antes ofegante vai ficando compassada, a água vai massageando as pernas e o tendão já nem dói mais. A dor foi esquecida, as cãibras latejam em algum lugar fracamente, mas você nem dá trela. Pede pra chuva aumentar, engrossar só um tiquim, pra você enfrentar um pouco mais de resistência. Só pra testar a quantas anda o nível, é como correr contra vento forte, quanto maior a rajada, maior o pique, só pra teimar, só pra dar uma de fodão. Sabe como é.

Aí a chuva engrossa e você corre mais, ela fica fraca e você diminui o pique, engrossa e você corre mais, fica fraca e você diminui o pique. O que era pra durar quarenta minutos, vai pra uma hora e vinte.

Ninguém mais na rua ou na praça. É fato, cearense tem medo de chuva. O bom é que não tem que disputar o espaço com cachorros, ou crianças de patins e bicicleta. Treino perfeito. Como há tempos não se via E no fim de tudo, depois daquela sensação: ah, hoje foi maravilhoso, resta um pesar que é pra não ter perfeição: Ah, o tênis e meias ensopadas.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Das constatações solitarias.



[1]

A mim bastaria apenas o vinho e você. Eis o Malbec escolhido com carinho, gelando na geladeira, esperando você chegar. As taças olham-me em tom de súplica sempre que teimo em passar pela cozinha. Ao que eu respondo de olhos:

- Calma meninas, ele só chega no sábado.

[2]

Eis que hoje o mundo virou de ponta cabeça. Acordei com cachorro latindo na madruga. O ar condicionado do trabalho quebrou, a impressora emperrou, o telefone tocou, o cliente chiou, o gerente endoidou. Hoje a pressão subiu, a cabeça latejou, o corpo esquentou e a dor de cabeça chegou. Tudo piorou quando dei conta que meu amor não voltou.

[3]

Contigo longe, eis o paradoxo: sinto-me sem inspiração. Tento buscá-la em situações leves e frívolas, pra quem sabe voltar a “cronicar”, mas é bobagem, o melhor vou escrever quando você chegar.

[4]

Hoje passei pelo jasmineiro amarelo, aquele doce e singelo que nós bem conhecemos. Não, não é o de Paracuru, aquele é perfeito. Este de hoje é aquele mirradinho, que mal cresceu, mas que mesmo assim nos faz mais felizes quando passeamos por entre o bairrozinho sem graça em que moro. Guardei um jasmim amarelo dentro do caderno pra ti dar quando tu chegar.

[Última]

Eis que com você longe, até o sono some. Os olhos cansam, mas insistem em não fechar. Sensação de que falta algo pro coração se aquietar.