terça-feira, 2 de novembro de 2010

Repente: A desilusão do moço.















Era uma vez um moço
Na beira da estrada
Não sabia fazer nada
Só ver noite enluarada         

Era uma vez um moço
Ele era tão vadio
Não sabia fazer nada
Só admirar o rio

Era uma vez um preguiçoso
Não queria trabalhar
Êta cabra tão manhoso
Não queria estudar

Era assim tão displicente
Era tão “to nem aí”
Que era capaz de ver  uma “flor”
E   ser capaz de não  sorrir

Mas um dia de repente
A sua sorte mudou
Viu um belo do “jasmim”
E então ele corou

Ganhou força e coragem
Há muito tempo não se via
Largou de mão da preguiça
 “ela é tudo que eu  queria”

 Ele mudou por completo
Trabalho  até ele arrumou
Foi  então para a escola
O danado se aprumou

Ninguém acreditava
Em tal transformação
Tava tão modificado
Coisas do coração

Então um belo dia
Foi falar com o "jasmim"
Declarou sua paixão
Disse lhe amar sem ter fim

O “jasmim” então sorriu
Logo lhe agradeceu
Mas disse não gostar “da fruta”
“Namorada tenho eu”

O moço desconsertou
Tamanha a desilusão
Voltou tristonho pra casa
Amuado o coração

Então voltou pra rotina
Eterno não fazer nada
Menino da estrada
Admirando a passarada