terça-feira, 8 de março de 2011

Constatações sobre o carnaval...














Basta. É o último dia de carnaval e eu deveria estar aproveitando até o último segundo deste último momento, deste último dia de folga. Provavelmente, em outros carnavais,  estaria eu praticando todos o excessos possíveis e tentando também os impossíveis. Estaria cheirando a cerveja ou caipirinha, estaria bronzeada até não poder mais ou quem sabe no frio da serra esperando um blues...

Mas eu não sou normal e que alegria isso me dá. Definitivamente, escrever uma crônica no último dia de carnaval... E mesmo que eu tivesse feito  a crônica no primeiro, ou no segundo dia de carnaval... A questão que põe em xeque a minha normalidade é : porque eu não viajei?  Eu que adoro viajar mais que tudo, eu que sempre disse que Fortaleza é um  túmulo no carnaval. Eu que sempre tive calafrios de permanecer na cidade em tempos de feriado. Eu que sempre achei um desperdício de vida ficar em casa em um feriado prolongado...

Porque eu fiquei  “morgando” e  assistindo western? Ou porque o pico alto do meu carnaval não foi a ida à Baturité, mas sim assistir “O cisne negro” numa sessão extra à meia-noite? Porque eu deixei de lado a cerveja e curti muito tomar só vinho? Porque eu tirei a poeira dos livros do Llosa e finalmente li ? Porque eu tirei da caixa todos os dvd’s do Chico que eu comprara e nunca assistira? Porque o momento mais doce do carnaval foi ver você trazendo pão quentinho e me chamando pra tomar café?

Ah sim: você, você, você. O carnaval mais “morgado” de minha vida e o mais terno também.

Um comentário:

Simone disse...

O mais perfeito carnaval! Os outros são plurais nesse singular marcante.