“Leve com você só o que foi bom”
Tantos e tantos anos...
Tantos e tantos eventos...
Alguns bons, outros bem ruins, como na vida de qualquer pessoa normal.
E eu insisto na tal leveza...
- E vale a pena? - pergunta um sujeito matreiro, talvez meu
inconsciente lírico.
-Vale- eu devolvo.
- Mas, essa coisa de querer ser leve, não te deixa meio
retardada, bobona?
- Acho que não cara. Essa coisa de ser durona, danadona,
melhora algo?
- Talvez não, mas pelo menos não pagamos de trouxa.
- Ah, então o problema é achar que as pessoas possam se
aproveitar da sua pureza/ inocência e abusarem de você.
- Por aí...
-Se você se impuser com firmeza e respeito, isso não acontece.
- E como eu faço?
- Não banque o tolo, inconsciente lírico, você aprendeu na
marra. Comigo!
Ser leve ou buscar a leveza é um exercício diário, nem
sempre alcançável.
Às vezes, e muitas vezes, eventos ordinários e
extraordinários te farão explodir.
A Tpm, a quantidade monstra de trabalho, o
tempo curto, o trânsito insano...
O importante é separar: não ser hostil como quem não merece, esfriar a cuca quando puder, ir ver o mar, abrir uma cerveja, ouvir um som e se
arrepiar, fazer um carinho, receber um carinho, sorrir, fazer sorrir, apreciar
os momentos que parecem bobinhos... mas que são fundamentais, aqueles que fazem tudo ter sentido.
É fácil/ difícil ser leve. Uma eterna contradição... Mas
continua valendo a pena.
“Leve com você só que foi bom”