Se eu fosse poeta de verdade
Não fingiria tanto
Ou será que fingiria mais ainda?
Se eu fosse poeta de verdade
Será que ligaria quando morro de vontade de ligar?
Será que correria tanto e tanto pra te achar?
Se eu fosse poeta de verdade, será que riria do teu desajeito?
Que ia fingir não gostar do teu cheiro?
Se eu fosse poeta de verdade
Será que exigiria teu perdão?
Que romperia o silêncio e encurtaria a solidão?
Se eu fosse poeta de verdade
Será que eu saberia demonstrar?
Não só com cartas e estes versos tristes
Mas com um beijo em noite de luar
Se eu fosse poeta de verdade
Pegar-te-ia pela mão
Levar-te-ia pra dentro do mar
Olharia pra ti com paixão
E falando a+b+c, far-te-ia entender
Todos os porquês
De como quando onde quero você
Se eu fosse poeta de verdade falaria menos, escreveria menos e faria mais
Mas o que é ser poeta de verdade?
E será que o meu ser-poeta é um ser pela metade
Cheio de maldade, falsidade e pretensa habilidade
Será que o meu ser-poeta é repleto de mágoa, é mar sem água?
Será que meu ser-poeta é desencanto, é lamento mais que acalanto?
Não.
É apenas um ser-poeta que não se encontrou
Que tanto caminhou
E a ti buscou
E anda perdido
Um tantinho ferido
Com desejo de ser-poeta ligeiro
E de se sentir por inteiro
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Um pedido
Menino
Há tempos te peço
Há tempos eu penso
E se não peço frente a frente
Peço em pensamento
Menino eu quero
Um abraço forte e sincero
Um beijo doce e longo
Um sorriso largo e meigo
Menino eu não nego
Eu fico sem jeito
Quando te vejo é uma tal confusão
Penso em beijar a tua boca
Acabo pegando tua mão
Menino esse treco não dá trégua
As vezes ternura, as vezes lamento
Finjo que não, que já vai passar
Mas quando te vejo volta a atentar
Cabeça confusa, coração vai saltar
Abraço apertado, vontade de não te soltar
Já não sei o que faço pra isso sair de mim
Te faço um pedido
Tem dó de mim
Há tempos te peço
Há tempos eu penso
E se não peço frente a frente
Peço em pensamento
Menino eu quero
Um abraço forte e sincero
Um beijo doce e longo
Um sorriso largo e meigo
Menino eu não nego
Eu fico sem jeito
Quando te vejo é uma tal confusão
Penso em beijar a tua boca
Acabo pegando tua mão
Menino esse treco não dá trégua
As vezes ternura, as vezes lamento
Finjo que não, que já vai passar
Mas quando te vejo volta a atentar
Cabeça confusa, coração vai saltar
Abraço apertado, vontade de não te soltar
Já não sei o que faço pra isso sair de mim
Te faço um pedido
Tem dó de mim
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Correr
Corro e sempre corri demais
Mas os objetivos agora são outros
Corro até me cansar.
Paro e corro tudo de novo
Corro sem livros nas mãos, sem mochilas nas costas
Corro pra me encontrar
E já corri pra te encontrar
Mas calculei errado a hora de dar o sprint
E não te alcancei
Ora bolas, quem nunca fez um cálculo errado
Matemática nunca foi o meu forte, apesar de eu sempre tirar boas notas
Mas o negócio é seguir
Quando corro tiro o peso do mundo dos ombros
E vou leve e quase vôo
É quando me iludo que tenho asas
E tal qual Hermes as minhas ficam nos pés
E pés pra que te quero
Correr, correr, correr
Na praia de preferência, na hora do pôr-do-sol de preferência, com a praia deserta de preferência
E haja preferência.
Nem sei pra quê, só pra me frustrar quando não consigo tê-las
E por falar em preferência, correr em praças é um porre e correr na pista disputando com os carros pior ainda
Eu prefiro o mar como testemunha e você diria: “Tu e o resto da humanidade”
Tá certo, tu tens razão
Corro quando estou confusa, com raiva, frustrada
Corro quando estou feliz
Corro pelos mais variados motivos
Corro e sempre quero o bis
E nem sempre consigo
Os joelhos reclamam
Corro porque sinto-me livre
E por instantes não penso em mais nada, só em correr
Começo a correr com a cabeça embaralhada
O único objetivo é espantar o que há de ruim, é martirizar o corpo até encontrar a leveza
Com o passar das passadas o coração acelera, o suor escorre, as passadas ficam trôpegas
Em alguns instantes as cãibras surgem, o ácido lático acumula e a vontade de parar vai surgindo
Mas ainda há muitos kilômetros a percorrer e não se pode deixar o cansaço vencer
E de repente canto uma canção
Pra me distrair, pra distrair o cérebro
Como quem diz: segura a onda aí
E de repente nem fôlego pra pensar na canção há
Corre-se por correr
Os pés têm vontade própria, correm independente da sua vontade
E você já nem pensa em nada.
Cabeça vazia, e você nem corre mais
Flutua
E flutua a beira-mar
Até os pés não agüentarem
Começam a formigar
E a cabeça ta quente
E o coração parece que vai saltar
E o suor começa a ficar frio
E é hora de parar
Pra no outro dia a brincadeira recomeçar.
Mas os objetivos agora são outros
Corro até me cansar.
Paro e corro tudo de novo
Corro sem livros nas mãos, sem mochilas nas costas
Corro pra me encontrar
E já corri pra te encontrar
Mas calculei errado a hora de dar o sprint
E não te alcancei
Ora bolas, quem nunca fez um cálculo errado
Matemática nunca foi o meu forte, apesar de eu sempre tirar boas notas
Mas o negócio é seguir
Quando corro tiro o peso do mundo dos ombros
E vou leve e quase vôo
É quando me iludo que tenho asas
E tal qual Hermes as minhas ficam nos pés
E pés pra que te quero
Correr, correr, correr
Na praia de preferência, na hora do pôr-do-sol de preferência, com a praia deserta de preferência
E haja preferência.
Nem sei pra quê, só pra me frustrar quando não consigo tê-las
E por falar em preferência, correr em praças é um porre e correr na pista disputando com os carros pior ainda
Eu prefiro o mar como testemunha e você diria: “Tu e o resto da humanidade”
Tá certo, tu tens razão
Corro quando estou confusa, com raiva, frustrada
Corro quando estou feliz
Corro pelos mais variados motivos
Corro e sempre quero o bis
E nem sempre consigo
Os joelhos reclamam
Corro porque sinto-me livre
E por instantes não penso em mais nada, só em correr
Começo a correr com a cabeça embaralhada
O único objetivo é espantar o que há de ruim, é martirizar o corpo até encontrar a leveza
Com o passar das passadas o coração acelera, o suor escorre, as passadas ficam trôpegas
Em alguns instantes as cãibras surgem, o ácido lático acumula e a vontade de parar vai surgindo
Mas ainda há muitos kilômetros a percorrer e não se pode deixar o cansaço vencer
E de repente canto uma canção
Pra me distrair, pra distrair o cérebro
Como quem diz: segura a onda aí
E de repente nem fôlego pra pensar na canção há
Corre-se por correr
Os pés têm vontade própria, correm independente da sua vontade
E você já nem pensa em nada.
Cabeça vazia, e você nem corre mais
Flutua
E flutua a beira-mar
Até os pés não agüentarem
Começam a formigar
E a cabeça ta quente
E o coração parece que vai saltar
E o suor começa a ficar frio
E é hora de parar
Pra no outro dia a brincadeira recomeçar.
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