Bom, eu pensei muito no que postar aqui. Estou com a cabeça fervilhante depois de um fim de semana lindo. Fim de semana de celebração, de olho no olho, de entrega, de amizade, respeito, desejo e amor. Seis meses que passaram voando e eu nunca fui tão longe, tão fundo. Sempre fui arredia a navegar novos mares, era preciso antes conhecer-lhe por inteiro para então adentrar. Neste fui nadando a cegas e gostei. Aos poucos fui tirando as vendas e gostei mais ainda.
E já que é tempo do novo, propus-me a fazer um soneto. Ficou mal-ajambrado embora tenha destinado-lhe um bocado de tempo. Há que se dar um desconto por ser o primeiro. Empenharei-me mais nos proximos que virão, pois gostei de quebrar cabeça em vez de deixar fluir como sempre faço. Eis aqui
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Perdi-me então entre abraços
Da antiga solidão fiz troça
Entre as falésias, fui em teu compasso
Com a perfeição tua não há quem possa
E ao admirar aquele mar pleno
As dunas, a natureza em profusão.
Vi tudo quanto é leve e sereno
Nós apenas em meio à multidão
Era comemoração silenciosa e doce
Tão mais discreta, antes não houve
Amiúde como tudo que é bom deve ser
Não havia fogos, ou velas
Apenas gestos doces, palavras singelas
Adornadas pelo sol ao entardecer