* Se tivesse talentos musicais, teria feito um sambinha a la bossa nova
De onde surgiu?
Não posso imaginar
Numa tarde de fevereiro
Você veio, a caminhar
Preferi chamar de perfeição
O que mais parecia uma doce ilusão
E eu com cara de boba
Admirei teu nariz, teu queixo e tua boca
Altivo, sempre a caminhar
Tu vinhas das bandas do mar
E os pingos d’água teimavam tua sunga molhar
Os olhos castanhos
Só exalavam confiança
E eu sem pensar
Já sentia chegar a bonança
Jeito largado, braço tatuado
Um metro e oitenta e tanto e um peito abençoado
Falando assim nem pareço poetisa
Pois confesso meu nêgo, é o sorriso que me conquista
E o teu, Deus meu
Simplesmente irretocável
Os lábios perfeitos entre o nariz e o queixo
É tudo que eu precisava pra dizer que não te esqueço
Era olhar teu sorriso
E já ficava aparvalhada
Desejando acordar de madrugada
Em teus braços aconchegada
segunda-feira, 31 de março de 2008
sábado, 29 de março de 2008
Flores
* Pra alguém mais que especial
Já cansei de rimar amor com dor
Mais belo seria rimar com flor
Dor ninguém quer
Que é coisa mais sem graça
Mas flor é coisa linda
Deixa a gente em estado de graça
Mais belo seria rimar com flor
Dor ninguém quer
Que é coisa mais sem graça
Mas flor é coisa linda
Deixa a gente em estado de graça
Que atire a primeira pedra
Quem nunca admirou uma flor
Quem nunca desejou presentear seu benzinho
Com um belo buquê de flor
Quem nunca viu uma flor e a cheirou
Querendo manter o perfume no nariz
Quem nunca desejou presentear seu benzinho
Com um belo buquê de flor
Quem nunca viu uma flor e a cheirou
Querendo manter o perfume no nariz
Desejando que a vida fosse mais simples
E nos deixasse ser sempre e sempre feliz
Quem nunca quis com força
Acordar com flores na beira da porta
Por cima delas um poeminha
Daquele alguém dizendo que te adora.
E nos deixasse ser sempre e sempre feliz
Quem nunca quis com força
Acordar com flores na beira da porta
Por cima delas um poeminha
Daquele alguém dizendo que te adora.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Felicidade
Felicidade
Felicidade tão grande
Isso que sinto agora
Há tempos que peço e desejo
Há tempos esse desejo me devora
Eu sairia cantando na chuva
Ficaria bêbada tomando suco de uva
Entraria sem roupa no mar
Daria o pouco que tenho
Só pra poder te beijar
Há tempos não sinto
Felicidade tão grande
Felicidade que meu peito invade
Mesmo com você tão distante
Há tempos e tempos
Venho desejando com paixão
Você enlaçado em meus braços
Tua mão entrelaçando minha mão
Até a lua hoje
Ao meu favor conspira
Mesmo encoberta entre as nuvens
A danada da lua brilha
O que nunca esteve encoberto
É o sentimento que trago por você
Sempre presente em meus dias
Mesmo quando fiz força pra esquecer
Agora não preciso
Rezar pra poder te ter
Sinto-te ao alcance das mãos
Sinto-me perto mesmo longe de você
Felicidade tão grande
Isso que sinto agora
Há tempos que peço e desejo
Há tempos esse desejo me devora
Eu sairia cantando na chuva
Ficaria bêbada tomando suco de uva
Entraria sem roupa no mar
Daria o pouco que tenho
Só pra poder te beijar
Há tempos não sinto
Felicidade tão grande
Felicidade que meu peito invade
Mesmo com você tão distante
Há tempos e tempos
Venho desejando com paixão
Você enlaçado em meus braços
Tua mão entrelaçando minha mão
Até a lua hoje
Ao meu favor conspira
Mesmo encoberta entre as nuvens
A danada da lua brilha
O que nunca esteve encoberto
É o sentimento que trago por você
Sempre presente em meus dias
Mesmo quando fiz força pra esquecer
Agora não preciso
Rezar pra poder te ter
Sinto-te ao alcance das mãos
Sinto-me perto mesmo longe de você
quarta-feira, 26 de março de 2008
Tem jeito?
Porque coração que é coração de verdade, não toma jeito nunca
* Do querido Rafael Ayala
"Tem jeito?
Coração danado
Diz o certo e o errado
O aceitável e o pecado
Coração, burro?
Sempre esquece o passado
Só imagina um belo futuro
Coração de dar dó
Quer estar acompanhado
Não aguenta ficar só
Coração arteiro
De um sujeito bom
Casado ou solteiro
Coração sem jeito
Serve alguém com problemas
Não precisa ser perfeito
Coração valente
Basta escutar um riso
Logo está contente
Ah meu Coração
Sempre brigando com a razão
Não foram feitos pra rimar
Ah meu Coração
bate cada vez mais forte
acredita sempre na sorte
Ah Coração
nem precisa explicar
a causa de tanta emoção
Ah meu Coração
basta ela passar
delírio
Ah meu Coração
basta ela sorrir
Alívio
Ah meu Coração
seu louco
sempre a se apaixonar
Ah meu Coração
te conheço
Toma jeito
Ah meu Coração
nem me estresso
não tem mais jeito
Ah meu Coração
por vezes penso:
ainda tem jeito?"
* Do querido Rafael Ayala
"Tem jeito?
Coração danado
Diz o certo e o errado
O aceitável e o pecado
Coração, burro?
Sempre esquece o passado
Só imagina um belo futuro
Coração de dar dó
Quer estar acompanhado
Não aguenta ficar só
Coração arteiro
De um sujeito bom
Casado ou solteiro
Coração sem jeito
Serve alguém com problemas
Não precisa ser perfeito
Coração valente
Basta escutar um riso
Logo está contente
Ah meu Coração
Sempre brigando com a razão
Não foram feitos pra rimar
Ah meu Coração
bate cada vez mais forte
acredita sempre na sorte
Ah Coração
nem precisa explicar
a causa de tanta emoção
Ah meu Coração
basta ela passar
delírio
Ah meu Coração
basta ela sorrir
Alívio
Ah meu Coração
seu louco
sempre a se apaixonar
Ah meu Coração
te conheço
Toma jeito
Ah meu Coração
nem me estresso
não tem mais jeito
Ah meu Coração
por vezes penso:
ainda tem jeito?"
terça-feira, 25 de março de 2008
Estrada Branca
Estrada branca, lua branca, noite alta, tua falta
Caminhando, caminhando,
Caminhando ao lado meu;
Uma saudade, uma vontade tão doída
De uma vida, vida que morreu!
Estrada, passarada, noite clara.
Meu caminho é tão sozinho,
Tão sozinho a percorrer;
Que mesmo andando para a frente,
Olhando a lua tristemente,
Quanto mais ando mais estou perto de você.
Se em vez de noite fosse dia
E o sol brilhasse, e a poesia
Em vez de triste fosse alegre de partir;
Se em vez de eu ver só a minha sombra
Nessa estrada,
Eu visse ao lango dessa estrada
Uma outra sombra a me seguir...
Mas a verdade é que a cidade ficou longe,
Ficou longe, na cidade se deixou meu bem querer.
E eu vou sozinha, sem carinho,
Vou caminhando meu caminho,
Vou caminhando com vontade de morrer.
Tom Jobim/Vinicius de Moraes
Caminhando, caminhando,
Caminhando ao lado meu;
Uma saudade, uma vontade tão doída
De uma vida, vida que morreu!
Estrada, passarada, noite clara.
Meu caminho é tão sozinho,
Tão sozinho a percorrer;
Que mesmo andando para a frente,
Olhando a lua tristemente,
Quanto mais ando mais estou perto de você.
Se em vez de noite fosse dia
E o sol brilhasse, e a poesia
Em vez de triste fosse alegre de partir;
Se em vez de eu ver só a minha sombra
Nessa estrada,
Eu visse ao lango dessa estrada
Uma outra sombra a me seguir...
Mas a verdade é que a cidade ficou longe,
Ficou longe, na cidade se deixou meu bem querer.
E eu vou sozinha, sem carinho,
Vou caminhando meu caminho,
Vou caminhando com vontade de morrer.
Tom Jobim/Vinicius de Moraes
O que fazer?
Será que faço uma sonata
Será que faço um soneto
Se eu tivesse graça e elegância
Eu dançaria um minueto
Cortejaria-te a moda antiga
Ao som de valsa e poesia
Faria uma serenata
Jogaria flores na tua sacada
Mas parece que me falta tato
É evidente que me falta jeito
Meto sempre os pés pelas mãos
E quem paga é o pobre do meu peito
Tudo eu poderia te dar
Mas pra isso você tem que querer
Não adianta força e vontade
Isso também depende de você
Eu certamente saberia resolver
Se fosse uma inequação
Mas me falta talento e sabedoria
Em se tratando de coração
Só me resta pedir e esperar
Que uma decisão você possa tomar
E sigo pensando em você
Nas noites, madrugadas e no amanhecer
sábado, 15 de março de 2008
Reclamação
Todo dia eu reclamo
E nunca hei de me conformar
A boca mais linda Deus te deste
E eu sofro por não poder beijar
E nunca hei de me conformar
A boca mais linda Deus te deste
E eu sofro por não poder beijar
Um a zero
Tenho pressa e tenho medo
Apesar das certezas, as dúvidas existem.
São muitas e rodam em torno de mim que nem cachorro pedindo afago
O cheiro da nostalgia invade minhas narinas
A saudade revolve o estômago
E a vontade de ir em frente vence o medo, a dúvida e a incerteza
A mão treme ante o telefone, os olhos confundem-se quando vêem o teu número
Fica tudo embaçado, nublado, complicado
Eu venço tudo e te ligo, mas feito besta, quando do outro lado escuto a tua voz, eu desligo.
Um a zero pro medo, pra dúvida, pra incerteza
Apesar das certezas, as dúvidas existem.
São muitas e rodam em torno de mim que nem cachorro pedindo afago
O cheiro da nostalgia invade minhas narinas
A saudade revolve o estômago
E a vontade de ir em frente vence o medo, a dúvida e a incerteza
A mão treme ante o telefone, os olhos confundem-se quando vêem o teu número
Fica tudo embaçado, nublado, complicado
Eu venço tudo e te ligo, mas feito besta, quando do outro lado escuto a tua voz, eu desligo.
Um a zero pro medo, pra dúvida, pra incerteza
terça-feira, 11 de março de 2008
Orixá
Haja patuá, galho de arruda, banho de mar
É preciso sal grosso, mandinga pesada
E um forte orixá
Meu santo é forte
E minha reza é braba
Mas parecem não surtir efeito
É meu irmão,
Tem certas coisas na vida que te pegam de jeito
O melhor é nem reparar
Se fazer de rogado
Deixar a vida te levar
Não maldizer o destino
Seguir em frente
E ir atrás dos sonhos
Aqueles dos tempos de menino
Reclamar não resolve
Chorar demais desidrata
É preciso força e paciência
E logo logo a alegria surge imediata
Mas uma ajuda espiritual
Nunca é de todo ruim
Por isso peço que meu orixá
Fique sempre de olho em mim
É preciso sal grosso, mandinga pesada
E um forte orixá
Meu santo é forte
E minha reza é braba
Mas parecem não surtir efeito
É meu irmão,
Tem certas coisas na vida que te pegam de jeito
O melhor é nem reparar
Se fazer de rogado
Deixar a vida te levar
Não maldizer o destino
Seguir em frente
E ir atrás dos sonhos
Aqueles dos tempos de menino
Reclamar não resolve
Chorar demais desidrata
É preciso força e paciência
E logo logo a alegria surge imediata
Mas uma ajuda espiritual
Nunca é de todo ruim
Por isso peço que meu orixá
Fique sempre de olho em mim
sexta-feira, 7 de março de 2008
Deixar de versar jamais
Antes era o ócio
Que vivia a me inspirar
Era só ver um casal na rua
E os versos teimavam em brotar
Antes era o fazer nada
Que arrastava a caneta pelo papel
Era só ver o eclipse da lua
E desatava a rimar mel com céu
Agora é a correria
Que não me deixa duvidar
Nem que seja no balanço do ônibus
Não posso deixar de versar
Que vivia a me inspirar
Era só ver um casal na rua
E os versos teimavam em brotar
Antes era o fazer nada
Que arrastava a caneta pelo papel
Era só ver o eclipse da lua
E desatava a rimar mel com céu
Agora é a correria
Que não me deixa duvidar
Nem que seja no balanço do ônibus
Não posso deixar de versar
Assinar:
Postagens (Atom)