Antes era o ócio
Que vivia a me inspirar
Era só ver um casal na rua
E os versos teimavam em brotar
Antes era o fazer nada
Que arrastava a caneta pelo papel
Era só ver o eclipse da lua
E desatava a rimar mel com céu
Agora é a correria
Que não me deixa duvidar
Nem que seja no balanço do ônibus
Não posso deixar de versar
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