sábado, 18 de abril de 2009

E ainda dizes que não escrevo nada pra ti, amor meu

Eu te conheci numa beira de praia em um domingo de dezembro e descobri que te amava numa segunda-feira de dezembro, em meio a um reescalonamento manual e chato de dívidas.

Lá estava eu entre juros de mora, multas contratuais e atualização de valores quando tua imagem feito vertigem se pôs a caraminholar no meu pouco juízo. Lesei por uns cinco minutos, mãos batendo no teclando, passeando entre aplicativos, sem fazer nada efetivamente. Devo ter soltado um ou dois sorrisos ao cliente que decerto pensou que eu lhe concederia um abatimento no valor da dívida, tadinho.

O fato é que eu que escrevo tanto não encontro nada que chegue perto do que tua presença causa em mim. Bastaria te dizer amor que tu deixas-me leve sempre, mesmo quando eu insisto em carregar o mundo nos ombros, decepções no estômago e lagrimas nos olhos. Teu silencio me deixa num estado de sossego que nunca tinha experimentado, teus olhos quase me cegam de tanta paz, tua voz é o timbre perfeito mesmo quando diz o que não quero ouvir.

És meu amigo, conquistou em pouco tempo isso: me fazendo miojo, brigadeiro de panela, me fazendo rir, conseguindo fazer com que eu suba numa moto. És meu amigo quando eu piro, insisto que tudo está errado, que as pessoas são podres, a humanidade é falsa, os valores se perderam e não existe mais musica de boa qualidade nos novos tempos. Você me faz ver o que existe de bom no mundo, me faz relevar, mas só as vezes, que eu sei o que merece e não merece ser relativizado.

E eu não relativizo muita coisa, inclusive teu ciúmes infundado, teus atrasos constantes, não consigo relevar a falta que tu me faz. Não consigo relevar a vontade de te ter sempre perto, a vontade de ter sempre teu cheiro na minha cama, você em minha casa.

Você me faz perder o medo, a discrição, me expõe e eu te amo.

Você me faz até citar quem não gosto: “ O teu amor me cura de uma loucura qualquer”.

5 comentários:

Carla P.S. disse...

Lindo, sem mais...

Um chá de camomila, porque acho que desenvolvi uma gastrite. Risos.

Livia Queiroz disse...

Uauuuuuuuuu


eu qro um amor assim pra mim tbm que me faça miojo e brigadeiro de panela!
kkkkkkk

Brincadeiras à parte, não existe nada melhor no mundo do que encontrar a pessoa certa!


bjoks parceira, adoro-te

Bruno de matos disse...

de quem é o trecho que você cita no final?

Rafael Ayala disse...

Ah Lorena, esses teus escritos que leio num dia chuvoso, "tornan a gente comovido como o Diabo!"

eu também quero um amor que me faça brigadeiro de panela, e nem precisa fazer o miojo, posso trocar por ver o futebol comigo? heheheeh

eu quero encontrar esse sentimento de novo, forte, precioso.

e dpois disso precisa dizer mais?
"O fato é que eu que escrevo tanto não encontro nada que chegue perto do que tua presença causa em mim. Bastaria te dizer amor que tu deixas-me leve sempre, mesmo quando eu insisto em carregar o mundo nos ombros, decepções no estômago e lagrimas nos olhos. Teu silencio me deixa num estado de sossego que nunca tinha experimentado, teus olhos quase me cegam de tanta paz, tua voz é o timbre perfeito mesmo quando diz o que não quero ouvir."

e a carteira parece que esse ano sai ó, não sei qual sai primeiro, a carteira ou a mono. heehehehhe

e combinemos um encontro daqueles que só fazem bem, para poder trocar uma idéia, de leve

bjos e abraços!
=]

Simone disse...

Lindo, perfeito. Vou mandar para meu namorado haha

Um beijo, linda!