quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Recordações

Agora faço textos por encomenda. rsrs. Calma, calma, não recebo nada pra escrever. Ainda não. Apenas retrato historias e sentimentos que me são contados. pelas mais diversas pessoas: amigas, conhecidas, pessoas que conversam no ônibus...

À um amigo





Vez por outra vem a mim a tua lembrança. Teu riso ecoa em meus ouvidos. Teu humor moleque arranca-me um sorriso no canto da boca, provoca no peito uma mistura de lamento e contentamento.
Faz tempo que já não há nada mais, nem eu espero que haja. Não faço mais planos, nem tenho pretensões. Tu passaste de meu amor, a uma mera recordação. Boa recordação, dessas que enchem o espírito.
Porque não só de presente e futuro vive alguém. Alguém sem passado e sem historias pra contar parece ser apenas espectro de gente. Arremedo, imitação.
Historias, boas ou ruins, recordações que nos fazem rir ou chorar nos provam que somos gente.
E me senti gente com você. Vivo, a alma engrandecendo, a cabeça expandindo, o peito batendo feito louco, a pupila dilatada, a loucura aumentada.
Com você tive meus mais belos dias, as horas mais intensas. Com você o aconchego na rede era mais que sereno. A praia era mais bonita e o mar cada vez mais azul.
Ao seu lado não tinha tempo feio que me irritasse. Nem ônibus lotado, nem fila de banco, nem flanelinha abusado. Os dias corriam na mais santa paz e eu seguia cada vez mais em paz.
É o que sempre sinto quando penso em ti. Ainda há a frustração e um pouco da angustia que ainda me persegue quando ponho a cabeça no travesseiro, mas hoje vejo que sem o sofrimento necessário que me fizeste passar, hoje eu seria menos gente.

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