Corro e sempre corri demais
Mas os objetivos agora são outros
Corro até me cansar.
Paro e corro tudo de novo
Corro sem livros nas mãos, sem mochilas nas costas
Corro pra me encontrar
E já corri pra te encontrar
Mas calculei errado a hora de dar o sprint
E não te alcancei
Ora bolas, quem nunca fez um cálculo errado
Matemática nunca foi o meu forte, apesar de eu sempre tirar boas notas
Mas o negócio é seguir
Quando corro tiro o peso do mundo dos ombros
E vou leve e quase vôo
É quando me iludo que tenho asas
E tal qual Hermes as minhas ficam nos pés
E pés pra que te quero
Correr, correr, correr
Na praia de preferência, na hora do pôr-do-sol de preferência, com a praia deserta de preferência
E haja preferência.
Nem sei pra quê, só pra me frustrar quando não consigo tê-las
E por falar em preferência, correr em praças é um porre e correr na pista disputando com os carros pior ainda
Eu prefiro o mar como testemunha e você diria: “Tu e o resto da humanidade”
Tá certo, tu tens razão
Corro quando estou confusa, com raiva, frustrada
Corro quando estou feliz
Corro pelos mais variados motivos
Corro e sempre quero o bis
E nem sempre consigo
Os joelhos reclamam
Corro porque sinto-me livre
E por instantes não penso em mais nada, só em correr
Começo a correr com a cabeça embaralhada
O único objetivo é espantar o que há de ruim, é martirizar o corpo até encontrar a leveza
Com o passar das passadas o coração acelera, o suor escorre, as passadas ficam trôpegas
Em alguns instantes as cãibras surgem, o ácido lático acumula e a vontade de parar vai surgindo
Mas ainda há muitos kilômetros a percorrer e não se pode deixar o cansaço vencer
E de repente canto uma canção
Pra me distrair, pra distrair o cérebro
Como quem diz: segura a onda aí
E de repente nem fôlego pra pensar na canção há
Corre-se por correr
Os pés têm vontade própria, correm independente da sua vontade
E você já nem pensa em nada.
Cabeça vazia, e você nem corre mais
Flutua
E flutua a beira-mar
Até os pés não agüentarem
Começam a formigar
E a cabeça ta quente
E o coração parece que vai saltar
E o suor começa a ficar frio
E é hora de parar
Pra no outro dia a brincadeira recomeçar.
3 comentários:
nossaaaaaaaaaaa
sedentarismo aí n rola neh mocinha??
huahuahuahua
Brincadeiras à parte, belo poema...
N tenhos eu pike, sou preguiçosa, mas poeticamente falando tenho corrido de mim mesma, dos meus pensamentos idiotas, dos meus sonhos fracassados... não paro de correr deles um segundo, esse corre corre ateh da uma paz...
adorei
bjimmmm
É sempre bom e relaxa ;D
adorei seu poema ^^
*:
Que ótima corrida.
Gostei muito, nem me cansei!
Bjo
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