O poeta fez troça do natural
Cansou-de tudo que era insosso
Banhou-se com sal
O poeta duvidou dos conselhos
E o muro pulou
Espreitou o que tinha do lado de lá
Explorou...
O poeta duvidou do bom senso
Amou
Deu as costas ao consenso
Voou
Fez festa e revolução
Plantou jasmim
Colheu flores, fez serenatas
Alegrias sem ter fim
O poeta quis ser mais intenso
E jurou:
“amor justo e verdadeiro”
Se encontrou
Caminhou fagueiro
Correu sereno
Distribuiu calor
Achou-se e perdeu-se em braços morenos
Transpirou
Era só risos e certeza
Era só lua e mar
Foi deveras voraz e faminto
E cansou...
Pulou o muro de volta
Suspirou
Voltou com o jasmim branco debaixo do braço
Murchou...
2 comentários:
... mas viveu! Ah, como o poeta viveu!
Caramba, sem palavras.
Tu faz uma falta danada por aqui, de verdade!
Não há versos como o teu.
Aqui é mesmo o lugar de leveza, não tem como não passar por aqui e não ficar melhor.
Beijos e abraços!!
=]
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