segunda-feira, 21 de abril de 2008

Carta, mais uma de tantas

Já perdi as contas de quantas vezes sentei pra escrever pra você. Foram versos, e-mails, cartas...
A maioria delas não foi enviada, nem nunca o serão. Certas coisas devem ser ditas no exato momento em que são sentidas, ou então perdem o sentido.

Já usei todo tipo de material pra escrever pra ti. As vezes o computador foi testemunha e parceiro. Me viu rir e chorar, foi espancado pela fúria ou acarinhado pela sutileza dos meus dedos que queriam te dizer algo com o simples ato de tocar o teclado.

Já escrevi na areia da praia, e essas a onda do mar levou. Já escrevi em papel de pão, em papel de carta, em pétalas de rosa, em capa de caderno, já escrevi e rasguei, já escrevi e guardei, já escrevi e deletei, já escrevi e salvei.

Escrevo e escrevo mais uma vez. Escrevendo é a forma mais inteligente que tenho de desabafar. É fato, me dou muito melhor com a palavra escrita do que com a falada. Por isso escrevo, verso, proseio...

Quantas e quantas rimas dedicadas a você, quantas e quantas horas a fio em busca da palavra perfeita, da frase perfeita, do texto perfeito. Sei que escrevo bem, não é preciso bancar falsa modéstia, mas quando se trata de ti pareço querer florear, inventar, até neologizar, só pra te agradar, só pra te encantar...

Quantas vezes prometi que ia te esquecer, que não ia mais pensar em você. Em vão, sempre em vão, sempre me pego pensando em ti quando escuto uma bela canção. O que eu sigo a perguntar é até quando vou continuar assim. Escrevendo por você e você sem nunca responder

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