domingo, 1 de março de 2009

De novo



De novo
Porque não se pode parar
Jamais se pode
Deixar de versar

Até que é possível
Nova moda inventar
Vir com umas graças sutis
Ironizar, polemizar

Mas a essência é aquela
Já sabem o que digo
O negocio é rimar
Disto nem duvido

Verso, converso
Verso em prosa e verso em verso
Vez por outra me despeço
Sigo pra outra, vou com pressa

Mas sempre to de volta
Sabem como que é
Não resisto a uma rimazinha
Sem ela não dá pé




Começam a tilintar
Dentro do pensamento
Daqui pouco as mãos trabalham
E se acaba o tormento

Verso prendido é pior coisa que há
É feito cachorro bandido
Latindo de noite sem parar.

3 comentários:

Kaos Kotidiano disse...

Versar sem se preucupar se vai rimar ou não é a essencia da coisa...
e tu fazes bem essas rimas com palavras certas...
E nunca pare, pois nossas almas necessitam dessa fonte...

=*

Simone disse...

Ah demais. É verdade, teu dom é rimar e não prenda isso, não! Beijinhos

Unknown disse...

Muito bem escrito! Adorei, ainda mais na parte:"Daqui pouco as mãos trabalham/E se acaba o tormento"
Sei como é isso...

Beijos e parabéns pelo blog!!