quinta-feira, 22 de maio de 2008

Flu


O coração e a alma não rezam há tanto tempo, mas involuntariamente as mãos unem-se como quem vai fazer uma prece.

Cruzam-se, apertam-se, unem-se num pedido.
Ah, o futebol, sempre leva embora a razão.

Caminha-se de uma lado para o outro feito um tolo, coração que parece vai saltar.
Não há cerveja que dê jeito. Não há nada que acalme. A não ser uma bola que resolva morrer no fundo das redes. E aí sim, nem sei se o nome é calmaria. Acho que melhor seria chamar de gritaria. Pulos, tremedeira.


Se você é o mais pacifico dos seres, não adianta. Voce vai xingar, dar murro na parede, jogar longe tudo que tiver ao seu alcance quando o atacante do seu time perder aquele gol feito. O tempo parece não passar se seu time tá ganhando, o tempo parece voar se seu time tá perdendo.


Eu gosto de futebol desde que me entendo por gente. E torço Flu desde que o Renato Gaucho fez o famoso gol de barriga na final do carioca de 95. Nos últimos minutos. E eu do fundo da minha inocencia infantil escolhi: vou torcer pra esse time aí das três cores. Com ele vou ter sempre emoção. E tive, ai, ai. Umas horríveis: ê terceira divisão, umas incríveis como o título da copa do Brasil.


O importante é que a paixão continua. Quando o Flu entra em campo todo o mundo lá fora acaba, parece não fazer sentido. Eu esqueço os bons modos. Eu esqueço que existe o planeta Terra. Um êxtase inigualável.

Futebol é droga pesada, viciante. E quando o seu time faz um gol faltando um minuto pra acabar o jogo e voce desaba no chão... É o ápice.

Valeu Flu, noite memorável, inesquecível... Vamo que vamo que o show não pode parar.

3 comentários:

Rafael Ayala disse...

Salve Lorena!
Rapaz, essa foi uma das notícias boas da quinta pela manhã ó
heheheheeheh

E eu já vi muita gente escrever sobre futebol, mas teu jeito de escrever é diferente, não é como o dos intelectuais técnicos táticos, cientistas que querem explicar racinalmente nosso amor, o futebol.

Como falar de futebol sem sentimentos? Paixão, amor, dor, tristeza, prazer, alegria, loucura?
Futebol sem isso não é futebol.

Um dia eu tento escrever sobre isso tb.
Muito bom o texto.
Estou sempre por aqui.
Bjocas
=]

Nanda Belém disse...

Nossa Lorena...

eu ameiiiiiiiii seu texto... vim pelo orkut... ia escrever no texto de cima e vi uma foto do Flu... ai... vi o seu texto e tive que comentar nesse aqui!!!!

Que texto lindo, cheguei a ficar arrepiada... eu amo futebol tb... e acho q tá faltando essa mistura de paixão e emoção nos textos de hoje.

Já leu as crônicas de Nelson Rodrigues sobre futebol?! elas são assim... de arrepiar... e como pode o futebol q é só emoção ter textos racionais?

Gostaria de postar esse seu texto no meu blog na quarta, no dia do jogo do Flu... o q acha?!

Beijoss

Unknown disse...

Muito bom o texto, também adoro futebol, sou São Paulina fervorosa, ainda não engoli a derrota para o Fluminense, mas, faz parte das emoções que afligem torcedores de todo tipo.

Por que será que é inevitável assistir um jogo sem falar palavrão, hein!? As vezes até falta a cerveja, mas os palavrões...rsrs

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