terça-feira, 13 de maio de 2008

A minha Pasárgada



Não é a do Bandeira
Lá não sou rainha
Nem tenho quem eu quiser
Até porque só teus olhos e sorriso me interessam

Mas lá tenho paz e alegria
De noite e de dia
Tenho mar e sol
Tenho dunas e futebol

Lá eu tenho a vida pacata
Que escorre sossegada
Não só nas manhãs
Mas também nas madrugadas

Lá eu sou feito criança
Que corre pra abraçar o mar
Lá eu fico besta vendo a lua
Pedindo pra noite nunca se acabar

Lá até meu choro é sereno
E minha angustia mais passageira
Só meus desejos é que são mais intensos
Parecem brotar de forma mais verdadeira

Lá tem a tua presença
Que por si só já valeria por tudo isso
Lá tem aquele papel rabiscado
Em que um dia escrevi: “Ainda te conquisto”

Lá eu sou o meu melhor
A minha saúde é mais perfeita
Meu sono mais profundo
E a vida não corre tão ligeira

Lá não tem aborrecimento
É felicidade sem ter fim
Lá é minha Pasárgada
Lá é simples assim



Foto: Nelson Basile

2 comentários:

Luciana Raskolnikov disse...

Assim como a Pasárgada de Bandeira, sinto uma vontade pulsante em criar também minha própria Pasárgada... Em viver intensamente, em irrestrito a vastidão de meus desejos e anseios... Coerente ou não, rente ou não, pungente ou não... Lascivamente sobre o meio que condecoro aquilo que possuo, libertinagem de adágios fluentes e meus... A Pasárgada mais simples, as cobiça mais intricadas e viver a existência de um modo imperfeito, inacabado, mas ser o oleiro desta minha adequada construção...
Adorei seu texto
Parabéns

PS* Comente no meu o ultimo texto de Vanessa Bandini, adorarei um comentário seu por lá... Beijo... http://banzooo.blogspot.com/

Marcio Sarge disse...

Bandeira????????????

Que bom gosto moça rs.

Obrigado por suas palavras em meu blog.
É bom ter vc por lá

bj moça